A Intel publicou detalhes sobre a oitava geração de seus processadores Core, com o codinome Coffee Lake, com previsão de lançamento para a segunda metade de 2017. A parte mais curiosa do anúncio é o fato de que a empresa ainda não está pronta para abandonar o processo de 14 nanômetros.
Até 2014, a Intel adotava uma estratégia chamada “Tick-Tock”. Em um ano, a empresa apresentava chips “tick”, que trazia uma redução da microarquitetura anterior, e, no ano seguinte, o “tock” traria uma nova microarquitetura. A regra traçava um ritmo claro de evolução a cada dois anos, seguindo a Lei de Moore.
No entanto, a dificuldade em reduzir transistores além dos 14 nm fez com que a empresa passasse a adotar uma nova estratégia, de três etapas, chamada “Process, Architecture, Optimization”. O problema é que a Intel não foi capaz de seguir seu novo modelo estratégico, mantendo os 14 nm pelo quarto ano consecutivo. Antes do Coffee Lake, a empresa já havia apresentado os chips Broadwell (“Process”), Skylake (“Architecture”) e Kaby Lake (“Optimization”). Ou seja: a nova geração deveria trazer um novo processo, mas o que se verifica é uma segunda fase de otimização, transformando o Coffee Lake em uma anomalia.
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