domingo, 24 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Tecnologia - Chama (fogo) é controlada eletricamente ,

Tecnologia - Chama (fogo) é controlada eletricamente

Esta é uma de uma série de imagens que mostram o fogo sendo controlado por campos elétricos contínuos e alternados.[Imagem: Dae Geun Park et al. - 10.1016/j.combustflame.2017.06.011]

Compreensão do fogo

       O fogo foi uma das primeiras tecnologias dominadas pelo homem, mas estamos longe de entender exatamente o que ele é e conhecer todos os mecanismos que operam em seu interior. Se soubermos controlar com precisão uma chama ou a queima de um combustível, por exemplo, poderemos reduzir drasticamente as emissões de poluentes no setor de transportes e na indústria.
             Assim, a busca por uma melhor compreensão do fogo continua, e agora cientistas conseguiram pela primeira vez construir um mapa de como as chamas respondem aos campos elétricos.

Ventos iônicos

            As chamas contêm átomos carregados eletricamente - íons - e elétrons, ambos passíveis de serem manipulados usando eletricidade. Daí a importância desse mapa de "ventos iônicos" fluindo a partir da chama sob a ação de campos elétricos de corrente contínua e de corrente alternada.
            Dae Geun Park e seus colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, iluminaram a chama de metano usando um laser de íons de argônio e detectaram a luz refletida para traçar o movimento de partículas individuais - para melhorar a visualização, eles adicionaram à chama partículas reflexivas de óxido de titânio e óleo.

Resposta do fogo à eletricidade

            As imagens revelam detalhes sem precedentes de como a dinâmica das chamas responde à eletricidade. Com um campo de corrente contínua, a chama se inclinou visivelmente para o eletrodo negativo, porque os íons positivos (que superam largamente a quantidade de íons negativos na chama) foram atraídos pelo polo negativo.
           Contudo, e de forma surpreendente, o vento iônico soprou em direção a ambos os eletrodos na corrente alternada, indicando um papel importante também dos íons negativos. A dinâmica do vento iônico dependeu não da polaridade, mas da frequência da corrente alternada, embora apenas em baixas frequências.

Aplicações práticas

           Esses ventos iônicos podem influenciar o processo de combustão ao permitir uma redistribuição controlada do calor e dos produtos da combustão por convecção. "A beleza deste método é que ele pode ser adaptado a aparelhos existentes - pode ser adicionado como um método de controle ativo para qualquer sistema de combustão pré-existente. Dependendo da configuração do sistema e do tipo de combustão que queiramos controlar, podemos usar nosso conhecimento e compreensão para descobrir os locais apropriados dos eletrodos e escolher os melhores parâmetros operacionais, como tensão ou frequência," disse o professor Min Suk Cha.
          Apesar do avanço, o experimento ainda é simples, baseando-se na emissão de eletricidade por dois eletrodos, cada um posto de cada lado da chama. Mas o campo elétrico pode ser manipulado com grande precisão espacial e temporal, oferecendo um vislumbre das novas possibilidades de controle à disposição.

Bibliografia:

Bibliografia:
Visualization of ionic wind in laminar jet flames
Dae Geun Park, Suk Ho Chung, Min Suk Cha
Combustion and Flame
Vol.: 184, October 2017, Pages 246-248
DOI: 10.1016/j.combustflame.2017.06.011

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Primeiro robô molecular capaz de construir moléculas ,

Primeiro robô molecular capaz de construir moléculas

Idealização artística de um nanorrobô molecular. [Imagem: Stuart Jantzen]

      Os pequenos nanorrobôs podem ser programados para mover cargas moleculares, usando um minúsculo braço robótico, ou para juntar essas cargas para formar novas moléculas e compostos químicos. Cada nanorrobô individual, composto de apenas 150 átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, é capaz de manipular uma única molécula de cada vez.
           Eles operam realizando reações químicas em soluções especiais, soluções estas que podem então ser controladas e programadas para dizer aos robôs quais tarefas eles devem executar. "Toda a matéria é composta de átomos e estes são os blocos de construção básicos que formam as moléculas. Nosso robô é literalmente um robô molecular construído de átomos, exatamente como você pode construir um robô muito simples de blocos Lego. O robô então responde a uma série de comandos simples que são programados com insumos químicos," detalhou o professor David Leigh, da Universidade de Manchester (Reino Unido).

Esquema de operação dos robôs moleculares. [Imagem: Salma Kassem et al. - 10.1038/nature23677]


Robótica molecular

        Ainda é tudo bastante lento, mas é basicamente o mesmo tipo de processo usado para fabricar medicamentos, plásticos e qualquer outro produto químico. Os nanorrobôs são operados adicionando "entradas químicas", substâncias que dizem aos robôs o que fazer e quando, assim como entradas digitais alimentam um programa de computador.
          No futuro, esses robôs poderão ser utilizados para fins médicos, em processos avançados de fabricação química seletiva e até mesmo em linhas de montagem industriais. "A robótica molecular representa o melhor da miniaturização das máquinas. Nosso objetivo é projetar e tornar as máquinas as mais pequenas possíveis. Este é apenas o começo, mas antecipamos que, dentro de 10 a 20 anos, os robôs moleculares começarão a ser usados para construir moléculas e materiais em linhas de montagem em fábricas moleculares," prevê o professor Leigh.

Bibliografia:

Stereodivergent synthesis with a programmable molecular machine
Salma Kassem, Alan T. L. Lee, David A. Leigh, Vanesa Marcos, Leoni I. Palmer, Simone Pisano.
Nature
Vol.: 549 (7672)
DOI: 10.1038/nature23677

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Interface neural interliga cérebros de animais ,

Interface neural interliga cérebros de animais


"Nós não podemos sequer prever que tipos de
propriedades emergentes surgirão quando
os animais começarem a interagir como
parte de uma Brainet."[Imagem: Duke University]
    Pesquisadores conectaram eletronicamente os cérebros de dois ratos, o que permitiu que eles se comunicassem diretamente para resolver tarefas comportamentais simples. Um dos ratos estava na Universidade de Duke, no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e outro estava no Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, no Brasil.
      Segundo os pesquisadores o trabalho poderá permitir, no futuro, a ligação de vários cérebros para formar o o primeiro "computador orgânico", que permita o compartilhamento de informação motora e sensorial entre grupos de animais. "Apesar de os animais estarem em continentes diferentes, com a transmissão ruidosa resultante e atrasos de sinal, eles ainda puderam se comunicar", disse Miguel Pais Vieira, principal autor da pesquisa. "Isso sugere que no futuro poderemos criar uma rede de cérebros de animais distribuídos em vários locais diferentes." "Nossos estudos anteriores com interfaces cérebro-máquina tinham-nos convencido de que o cérebro é muito mais plástico do que pensávamos. Naqueles experimentos, o cérebro foi capaz de se adaptar facilmente a aceitar estímulos vindos de dispositivos de fora do corpo e até mesmo aprender a processar luz infravermelha gerada por um sensor artificial," disse Miguel Nicolelis, orientador do estudo. "Então, a pergunta que norteou o presente estudo foi: já que o cérebro pode assimilar sinais de sensores artificiais, será que poderia também assimilar informações geradas por sensores vindos de um corpo diferente?" explicou.

Cérebros interligados

      Para testar a hipótese, os pesquisadores primeiro treinaram pares de ratos para resolver um problema simples: pressionar a alavanca correta quando uma luz indicadora acendesse acima da alavanca, para obter um gole de água. A seguir, eles conectaram os cérebros dos dois animais por meio de duas matrizes de microeletrodos inseridos na área do córtex que processa a informação motora.
      Um animal da dupla foi designado como o animal "codificador". Este animal recebeu um sinal visual que o informou qual alavanca pressionar para receber a recompensa. Uma vez que este rato "codificador" pressionou a alavanca correta, uma amostra da atividade cerebral que codificou a decisão comportamental dele foi traduzida para um padrão de estimulação elétrica, que foi enviado diretamente ao cérebro do segundo animal da dupla, conhecido como o animal "decodificador".
     O rato decodificador tinha os mesmos tipos de alavancas em sua câmara, mas não recebeu qualquer sinal visual indicando qual alavanca ele deveria pressionar para obter uma recompensa. Na média, o rato decodificador obteve uma taxa de sucesso de cerca de 70%, apenas ligeiramente abaixo da taxa máxima de sucesso teórica, de 78%, que os pesquisadores haviam considerado como possível - esta taxa máxima foi obtida quando sinais elétricos gravados do próprio animal foram transmitidos diretamente para o cérebro do rato decodificador.

Um dos ratos estava no EUA, e o outro no Brasil. Eles receberam interfaces neurais, interligadas via internet. [Imagem: Pais-Vieira et al./NSR]

Brainet - Rede cerebral

     A comunicação proporcionada por esta interface cérebro-cérebro foi de duas vias. Assim, o rato codificador não recebia uma recompensa completa se o rato decodificador fizesse uma escolha errada. O resultado dessa contingência peculiar levou ao estabelecimento de uma "colaboração comportamental" entre o par de ratos. "Vimos que, quando o rato decodificador cometia um erro, o codificador basicamente, mudava tanto a sua a função cerebral quanto a comportamental, de modo a tornar mais fácil para o seu parceiro acertar", disse Nicolelis.
    Nicolelis propõe que o experimento demonstra o funcionamento de um "computador orgânico", que resolve problemas de forma diferente de uma máquina de Turing - a arquitetura clássica dos computadores atuais. "Neste caso, não estamos introduzindo instruções e sim apenas um sinal que representa uma decisão tomada pelo rato codificador, que é transmitido ao cérebro do animal decodificador, que tem que descobrir como resolver o quebra-cabeça. Então, nós basicamente criamos um sistema nervoso central composto dos cérebros de dois ratos". Nicolelis observou que, em teoria, tal sistema não está limitado a um par de animais, mas poderia incluir uma rede de cérebros que ele chamou de "Brainet". Esse será o próximo passo na pesquisa. "Nós não podemos sequer prever que tipos de propriedades emergentes surgirão quando os animais começarem a interagir como parte de uma Brainet. Em teoria, você poderia imaginar que a combinação de cérebros poderia fornecer soluções que cérebros individuais não podem alcançar sozinhos. Esta ligação até poderia significar que um animal incorporaria o senso de 'eu' de outro animal", disse ele.

Bibliografia:
A Brain-to-Brain Interface for Real-Time Sharing of Sensorimotor Information
Miguel Pais-Vieira, Mikhail Lebedev, Carolina Kunicki, Jing Wang, Miguel A. L. Nicolelis
Nature Scientific Reports
Vol.: 3, Article number: 1319
DOI: 10.1038/srep01319

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Cerâmica emissora de luz poderá substituir LEDs com vantagens ,

Cerâmica emissora de luz poderá substituir LEDs com vantagens

A equipe pretende agora escalonar o processo para que a cerâmica emissora de luz possa ser fabricada em escala industrial. [Imagem: TPU/Oleg Khasanov]

          Pesquisadores da Universidade Politécnica de Tomsk, na Rússia, acreditam que esta cerâmica emissora de luz pode se tornar uma alternativa mais barata do que todas as lâmpadas atuais, incluindo os LEDs.
                 Outra vantagem da cerâmica luminescente é uma maior resistência, em razão da qual os produtos serão mais duráveis. "Na produção em massa, as fontes de luz de nanocerâmicas luminescentes custam menos em comparação com os LEDs modernos, com sua estrutura eletrônica mais complexa," disse o professor Oleg Khasanov.

Nanocerâmica

                A equipe desenvolveu a cerâmica luminescente a partir de um pó cujas partículas têm dimensões nanométricas, daí o termo nanocerâmica - eles também já criaram cerâmicas transparentes.
               O pó de cerâmica é posto em um molde especial que é eletricamente condutor e capaz de resistir a altas pressões e temperaturas. Comprimido, aquecido e submetido a uma corrente elétrica, tudo simultaneamente, gera-se um processo de sinterização, no qual as nanopartículas se aglomeram, formando um material sólido muito resistente. "Dependendo da composição do luminóforo, é possível obter um espectro variável de cerâmica luminosa, isto é, branca, azul, amarela etc. Com esse objetivo, nós selecionamos os melhores luminóforos na composição geral da cerâmica transparente," relatou Khasanov.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Sem baterias: Torça ou estique esta fibra e ela produz eletricidade ,

Sem baterias: Torça ou estique esta fibra e ela produz eletricidade

A fibra - aqui vista ao microscópio - é feita de nanotubos de carbono. [Imagem: Shi Hyeong Kim et al. - 10.1126/science.aam8771]
           Uma equipe internacional - da China, Coreia do Sul e EUA - desenvolveu fibras que geram eletricidade quando são esticadas ou torcidas, sem que precisem ser carregadas previamente em uma tomada. O grupo vem trabalhando nestas fibras feitas de nanotubos há mais de uma década, e há pouco haviam conseguido transformá-las em um músculo artificial eletromecânico.
                  Agora batizadas de twistron, as fibras tornaram-se interessantes para a colheita de energia a partir do movimento - do andar de uma pessoa às ondas oceânicas. Por exemplo, quando costurados em uma roupa, fios tecidos com essa técnica podem ser usados para alimentar pequenos aparelhos e sensores. "A maneira mais fácil de pensar em coletores de twistron é pegar m pedaço de fio, esticá-lo, e ele produz eletricidade," descreveu o professor Carter Haines, que já havia fabricado fibras de linhas de anzol para criar músculos artificiais superfortes.

Fibras que geram energia

                  As fibras são fabricadas a partir de nanotubos de carbono. Primeiro os nanotubos são tecidos na forma de fios, muito resistentes, leves e excelentes condutores de eletricidade. Para tornar os fios altamente elásticos, eles são torcidos ao extremo, em seguida contorcendo-se para formar uma fibra - como acontece se você ficar torcendo um elástico e depois permitir que ele se enrole sobre si mesmo. 
                 Para gerar eletricidade, os fios devem ser submersos ou revestidos com um material ionicamente condutor, um eletrólito, que pode ser tão simples como uma mistura de sal de cozinha e água. "Fundamentalmente, essas fibras são super-capacitores," disse o professor Na Li, membro da equipe. "Em um capacitor normal, você usa energia - tal como em uma bateria - para adicionar cargas ao capacitor. Mas, no nosso caso, quando você mergulha a fibra de nanotubos de carbono em um banho de eletrólito, os fios são carregados pelo próprio eletrólito. Não é necessário nenhuma bateria ou tensão externas." Quando a fibra é torcida ou esticada, seu volume diminui, aproximando as cargas elétricas e aumentando sua energia. Isso aumenta a tensão associada à carga armazenada na fibra, permitindo a colheita de eletricidade.

Colheita de energia
Esquema do processo e fabricação e funcionamento
das fibras geradoras de eletricidade.
[Imagem: Shi Hyeong Kim et al. - 10.1126/science.aam8771]

            Esticando ou torcendo as fibras 30 vezes por segundo gera-se 250 watts por quilograma de pico de energia elétrica quando normalizado para o peso da fibra. "Embora inúmeras colheitadeiras alternativas tenham sido investigadas por muitas décadas, nenhuma outra fornece essa alta potência elétrica ou saída de energia por ciclo tão alta quanto a nossa para taxas de estiramento entre alguns poucos ciclos por segundo e 600 ciclos por segundo," disse o professor Ray Baughman.
         Os números impressionam, mas não são práticos para aplicações de colheita de energia porque é difícil imaginar um processo mecânico natural que produza um movimento de tão alta frequência - as aplicações de colheita de energia envolvem processos como a respiração ou o andar humanos, o vento balançando uma folha ou as ondas do mar. Mas o material também opera nessas aplicações de poucos hertz e ainda assim gera energia utilizável. No laboratório, uma fibra pesando menos do que uma mosca doméstica fez acender um pequeno LED cada vez que a fita era esticada. Os pesquisadores também teceram suas twistrons em uma camiseta. A respiração normal mostrou-se suficiente para esticar o fio e gerar um sinal elétrico. "Os tecidos eletrônicos têm grande interesse comercial, mas como você vai alimentá-los?" comentou o professor Baughman. "A colheita de energia elétrica a partir do movimento humano é uma estratégia para eliminar a necessidade de baterias. Nossos fios produziram mais de 100 vezes mais potência elétrica por peso quando esticados do que outras fibras maleáveis relatadas na literatura". 

Bibliografia:
Harvesting electrical energy from carbon nanotube yarn twist
Shi Hyeong Kim, Carter S. Haines, Na Li, Keon Jung Kim, Tae Jin Mun, Changsoon Choi, Jiangtao Di, Young Jun Oh, Juan Pablo Oviedo, Julia Bykova, Shaoli Fang, Nan Jiang, Zunfeng Liu, Run Wang, Prashant Kumar, Rui Qiao, Shashank Priya, Kyeongjae Cho, Moon Kim, Matthew Steven Lucas, Lawrence F. Drummy, Benji Maruyama, Dong Youn Lee, Xavier Lepró, Enlai Gao, Dawood Albarq, Raquel Ovalle-Robles, Seon Jeong Kim, Ray H. Baughman
Science
Vol.: 357, Issue 6353, pp. 773-778
DOI: 10.1126/science.aam8771

sábado, 9 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , WhatsApp libera chamadas em vídeo PiP para Android ,

WhatsApp libera chamadas em vídeo PiP para Android

Vídeo Chamadas no Whatsapp - Foto:reprodução

     O WhatsApp atualizou ontem (8) o próprio aplicativo para a versão 2.17.323 com algumas novidades: chamadas em vídeo picture-in-picture (PiP) e atualizações em textos para o Status. Se você está correndo para atualizar o próprio app, fique calmo: apenas aparelhos Android com versão 8.0+ poderão utilizar os novos recursos por enquanto.
          A novidade PiP funciona da seguinte maneira: quando você inicia uma chamada em vídeo, basta apertar uma vez o botão Voltar para retornar para a conversa. Dessa maneira, a chamada em vídeo ficará em uma janela "flutuante" sobre a conversa ou outros apps.

Vídeo Chamadas no Whatsapp

          O modo Status, o "Stories" do WhatsApp, agora também vai suportar mensagens de texto. Dessa maneira, usuários poderão escrever aquelas "mensagens de bom dia" ou divulgar o próprio negócio pelas atualizações de Status. Ainda não se sabe quando a atualização chegará para outras versões do Android.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Brasileiro cria novo design radical de computador quântico ,

Brasileiro cria novo design radical de computador quântico

Guilherme Tosi e Andrea Morello junto ao equipamento usado para resfriar os chips quânticos até próximo do zero absoluto. [Imagem: Quentin Jones/UNSW]

         Um pesquisador brasileiro, atualmente trabalhando na Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, inventou uma nova arquitetura radical para a computação quântica. A inovação permite a fabricação de processadores quânticos em larga escala de forma muito mais barata - e mais fácil - do que se pensava ser possível.
               O brasileiro Guilherme Tosi e seus colegas explicam que a nova arquitetura permite que um processador quântico de silício seja fabricado sem a complicada e tediosa colocação precisa dos átomos que funcionam como bits quânticos, como acontece nas abordagens tentadas até agora. Em vez disso, os qubits podem ser colocados a centenas de nanômetros de distância uns dos outros e, ainda assim, permanecerem acoplados uns aos outros pelo fenômeno quântico do entrelaçamento (ou emaranhamento). Isso não apenas é mais fácil em termos de engenharia de produção, como também deixa o espaço necessário para a colocação dos eletrodos e dos demais componentes sem interferir com o frágil estado dos qubits. "É um design brilhante, e como muitos desses avanços conceituais, é incrível que ninguém tenha pensado nisso antes. O que Guilherme e a equipe inventaram é uma nova maneira de definir um qubit de spin, que usa tanto o elétron quanto o núcleo do átomo. Fundamentalmente, este novo qubit pode ser controlado usando sinais elétricos, em vez de magnéticos. Os sinais elétricos são significativamente mais fáceis de distribuir e localizar dentro de um chip eletrônico," disse o professor Andrea Morello, coordenador da equipe.

A grande vantagem da nova arquitetura é que os bits podem ficar distantes uns dos outros e ainda manter o entrelaçamento. [Imagem: Tony Melov/UNSW]

Melhor que qubits do Google e IBM

            O novo conceito de processador quântico evita um problema que todos os qubits de silício baseados no spin - uma propriedade magnética das partículas subatômicas - se deparam quando se tenta construir matrizes com um número significativo de qubits: a necessidade de espaçá-los a uma distância correspondente ao diâmetro de apenas 50 átomos - algo entre 10 a 20 nanômetros. "Se eles ficam muito próximos ou muito distantes, o 'emaranhamento' entre os bits quânticos - que torna os computadores quânticos tão especiais - não ocorre," explicou Tosi, que se formou em física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.
                Ele então foi trabalhar na equipe do professor Morello, cuja equipe vinha trabalhando há tempos na construção de qubits de silício, incluindo um leitor de elétrons individuais, para ler os dados, e um bit quântico revestido, capaz de guardar os dados 10 vezes melhor do que seus antecessores. "Mas se quisermos fazer uma série de milhares ou milhões de qubits tão próximos, isso significa que todas as linhas de controle e os dispositivos de leitura também devem ser fabricados nessa escala nanométrica e com essa densidade de eletrodos. Este novo conceito sugere um outro caminho," detalha Tosi.
               No outro extremo do espectro estão os circuitos quânticos supercondutores, adotados, por exemplo, pela IBM e pelo Google. Esses sistemas são grandes e fáceis de fabricar, e atualmente lideram a corrida da computação quântica em termos do número de qubits que podem ser manipulados - quanto mais qubits, maior o poder de processamento do computador. No entanto, devido justamente às suas dimensões maiores, a longo prazo essa abordagem fatalmente terá problemas ao tentar reunir e operar milhões de qubits, necessários para rodar os algoritmos quânticos mais importantes. 
              A nova abordagem baseada em silício criada por Tosi fica bem no ponto ideal entre a dificuldade de colocar qubits na distância precisa e o risco de começar com circuitos grandes demais. "Ela é mais fácil de fabricar do que dispositivos de escala atômica, mas ainda nos permite colocar um milhão de qubits em um milímetro quadrado," disse o professor Morello.

Cada qubit é manipulado magneticamente pelos eletrodos colocados na parte de cima do chip. [Imagem: Tony Melov/UNSW]

Qubit flip-flop

                 No qubit de átomo único usado pela equipe de Morello e ao qual o novo design de Tosi se aplica, um chip de silício é coberto com uma camada de óxido de silício isolante, em cima do qual repousa um padrão de eletrodos metálicos que operam em temperaturas próximas do zero absoluto e na presença de um campo magnético muito forte. O núcleo do qubit é um átomo de fósforo, que detém o recorde mundial de tempo de coerência - o tempo que a memória quântica consegue guardar o dado.
                A descoberta conceitual de Tosi envolve a criação de um tipo completamente novo de qubit usando o núcleo e o elétron do átomo de fósforo. O estado '0' é definido como o spin do elétron estando para baixo e o spin do núcleo para cima, enquanto o estado '1' é definido como o spin do elétron estando para cima e o spin nuclear para baixo. "Nós o chamamos qubit flip-flop," disse Tosi. "Para operar este qubit, você precisa afastar um pouco o elétron do núcleo, usando os eletrodos na parte superior. Ao fazer isto, você também cria um dipolo elétrico." - flip-flop, ou multivibrador biestável, é o nome de um circuito lógico que oscila constantemente entre um estado estável e um estado não-estável, permitindo seu uso como uma memória. "Este é o ponto crucial," acrescenta Morello. "Esses dipolos elétricos interagem uns com os outros em distâncias muito grandes, uma boa fração de um micrômetro, ou 1.000 nanômetros. Isso significa que agora podemos colocar os qubits atômicos muito mais separados do que se pensava que fosse possível. Portanto, temos espaço suficiente para intercalar os principais componentes clássicos, como interconexões, eletrodos de controle e dispositivos de leitura, mantendo a natureza precisa do bit quântico atômico".

Arquitetura do processador quântico multibits que a equipe pretende construir agora. [Imagem: Tony Melov/UNSW]

Processador quântico de 10 qubits

            O professor Morello classificou o conceito criado por Guilherme Tosi tão significativo quanto o artigo seminal do físico Bruce Kane que, em 1998, publicou um artigo na revista Nature demonstrando uma nova arquitetura que possibilitaria construir um computador quântico baseado em silício, desencadeando a corrida mundial para a construção desses computadores futurísticos. "Como o artigo de Kane, esta é uma teoria, uma proposta - o qubit ainda tem que ser construído," disse Morello. "Nós temos alguns dados experimentais preliminares que sugerem que é totalmente possível, então estamos trabalhando para demonstrar isso completamente. Mas acho que isso é tão visionário quanto o artigo original de Kane".
           A equipe da universidade fechou um acordo de US$67 milhões com a empresa de telecomunicações Telstra, o Commonwealth Bank e os governos da Austrália e do estado de Nova Gales do Sul para desenvolver, até 2022, um protótipo de um circuito integrado quântico de silício de 10 qubits. A construção de um computador quântico vem sendo chamada de corrida espacial do século 21 - um desafio difícil e ambicioso com o potencial de fornecer ferramentas revolucionárias para abordar cálculos antes impossíveis, com uma infinidade de aplicações úteis na saúde, finanças, química, desenvolvimento de materiais, depuração de software, indústria aeroespacial e transporte.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Maior erupção solar em uma década pode afetar a Terra. Saiba como ,

Maior erupção solar em uma década pode afetar a Terra. Saiba como

O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa capturou esta imagem de uma erupção solar X9.3 em 6 de setembro. FOTO DE NASA/GSFC/SDO

         Na manhã da última quarta-feira, nossa estrela emitiu duas monstruosas erupções solares. Uma delas, a segunda, foi a mais forte que vimos em mais de uma década. A explosão de radiação foi tão intensa que, em lugares da Terra onde o sol batia no momento, ondas de rádio de altas-frequências foram interrompidas por cerca de uma hora. Na manhã da última quarta-feira, nossa estrela emitiu duas monstruosas erupções solares. Uma delas, a segunda, foi a mais forte que vimos em mais de uma década. A explosão de radiação foi tão intensa que, em lugares da Terra onde o sol batia no momento, ondas de rádio de altas-frequências foram interrompidas por cerca de uma hora. Cientistas de clima espacial classificam as erupções com base em sua intensidade – a classe X é a mais poderosa. As explosões podem liberar tanta energia quanto um bilhão de bombas de hidrogênio.
                De acordo com a Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos EUA, o sol começou a projetar sua fúria às 5:10 da quarta-feira com uma erupção X2.2. Apenas 3 horas depois, o astro produziu uma segunda erupção medindo impressionantes X9.3 – o registro mais alto desde 2006. A erupção mais potente registrada nos tempos modernos foi em 2003, quando pesquisadores observaram uma explosão tão forte que quase não coube na escala – X28. 
                 Nesta quinta-feira, cientistas que utilizavam o satélite Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), confirmaram que uma nuvem gigante de partículas carregadas – chamada de ejeção de massa coronal (EMC), e fruto das erupções – está a caminho da Terra. Até uma pequena distorção no campo magnético do nosso planeta, causada por uma potente EMC, pode desencadear uma tempestade geomagnética. O evento é capaz de perturbar o funcionamento de satélites, navegações por GPS e malhas de energia elétrica. Mas pode, também, promover auroras especialmente brilhantes. Cientistas do SOHO preveem que uma forte tempestade geomagnética atingirá a Terra amanhã, dia 8. Observadores do céu, particularmente quem está em grandes latitudes, devem ficar atentos à aparição de auroras até o fim desta semana e começo da próxima.
           O sol, no entanto, pode continuar bravo nos próximos dias. A mesma mancha solar responsável pelas erupções de quarta-feira, conhecida pelos cientistas como região 2673, liberou uma erupção média, de classe M, na terça-feira, que também desencadeou um alerta de aurora. Enquanto o sol caminha para o nível mínimo de atividade em seu ciclo natural de 11 anos, essas manchas solares podem continuar a explodir nos próximos dias.  

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , SanDisk lança cartão microSD com capacidade para armazenar 400GB ,

SanDisk lança cartão microSD com capacidade para armazenar 400GB

MicroSD Scandisk - 400GB
"Chamado de SanDisk Ultra microSXDC USH-I, aparelho tem preço sugerido de US$250 no site da Amazon nos EUA."
        Se você está se sentindo com pouco espaço no seu aparelho favorito, saiba que a SanDisk acaba de anunciar sua salvação no formato de microSD. Chamado de SanDisk Ultra microSXDC USH-I, o aparelho fornece um total de 400GB de armazenamento para os usuários, sendo o “cartão microSD de maior capacidade do mundo”. Você talvez se lembre que a Microdia anunciou um microSD de 512GB em 2015, mas nunca chegou a realmente lançar o aparelho.
                De acordo com a empresa, o novo cartão de 400GB pode armazenar até 40 horas de vídeo HD (1080p). O acessório está `a venda por 250 dólares na Amazon. Além disso, a novidade da SanDisk transfere dados com uma velocidade de até 100Mbps.
         A SanDisk destaca que o Ultra microSDXC de 400GB é “ideal para usuários de smartphones e tablets Android”, mas o acessório também pode ser útil em aparelhos como o Raspberry Pi ou no console Nintendo Switch.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Novo golpe do WhatsApp promete pacote de dados gratuito ,

Novo golpe do WhatsApp promete pacote de dados gratuito

Whatsapp - Nova Fraude (foto:reprodução)
      Os usuários do WhatsApp precisam ficar atentos. A empresa de segurança digital PSafe identificou nesta segunda-feira, 4, um novo golpe no mensageiro que promete falso pacote de dados gratuitos e já atingiu ao menos 20 mil usuários. O golpe funciona assim: o usuário recebe um link que promete pacote de dados móveis de diversas empresas de telefonia. Ao abrir o link recebido pelo app, o usuário é convidado a fazer um breve cadastro com seu nome, número de celular e operadora e é induzido a compartilhar o falso benefício com 10 amigos.

Whatsapp - Nova Fraude
Ao realizar os compartilhamentos, o site malicioso faz dois direcionamentos: um sugere que o usuário inclua seu número de telefone novamente, só que desta vez o cadastro é para um serviço de SMS pago - que efetua cobranças indevidas; o outro direcionamento é para baixar um aplicativo falso, que pode infectar o smartphone e deixá-lo vulnerável a outros tipos de crime ou prejuízo financeiro.

Whatsapp - Nova Fraude
               Para evitar cair nesse tipo de golpe, a orientação é de que o usuário não abra links e arquivos suspeitos, mesmo que tenham sido enviados por pessoas conhecidas. Além disso, é possível instalar um antivírus com função antiphishing. 

domingo, 3 de setembro de 2017

Tecnologia, Informação e Notícias , Novo acelerador de partículas será inaugurado em 2018, em Campinas-SP ,

Novo acelerador de partículas será inaugurado em 2018, em Campinas-SP

Acelerador de partículas fotomontagem divulgação

      Quem visita o campus do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisas em Engenharia e Materiais), em Campinas, Já pode ver no solo o traçado de uma circunferência de 235 metros de diâmentro. Não é um aeroporto para discos voadores. Nesse Círculo ficará o Sirius, o novo acelerador de partículas da instituição, uma máquina de R$ 1,3 bilhão.
       A maior parete será financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Fapesp (Fundação de Ampapro à Pesquisa do Estado de São Paulo) também contribui para o projeto. O tamanho do projeto pode não ser muito impressionante camparado aos maiores aceleradores de partículas do mundo - o LHC, na Suíça, tem 8,6 Km de diâmentro - mas a máquina brasileira tem a chance de ser a melhor de sua categoria quando for inaugurada, em 2018.
          Diferentemente dos aceleradores que produzem colisões entre partículas, o Sirius vai gerar raios de luz síncrotron, tipo especial de radiação. Ela é usada para obter imagens de alta definição em técnicas de análise estrutural de materiais e moléculas. Dentro do acelerador circulam elétrons que, ao serem desviados por imãs para seguirem a trajetória do anel, emitem radiação síncrotron pela tangente (veja abaixo).

Novo acelerador de partículas brasileiro, capaz de emitir radiação especial, ficará pronto em 2018, em Campinas, e poderá ser o melhor de sua categoria no mundo

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

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Microsoft mostra em vídeo a evolução do Windows; da primeira a última versão

A evolução do Windows

     O Windows fez 35 anos no ano passado e continua firme e forte com o Windows 10, que está sendo adotado cada vez mais a cada dia. Hoje, o canal oficial da Microsoft Brasil no YouTube publicou um vídeo que mostra a evolução desse sistema operacional, desde sua primeira edição até a que é usada nos dias de hoje, passando por versões que deixaram saudades em seus usuários.
          Além do próprio sistema, podemos relembrar alguns programas que marcaram a história do Windows, como os jogos Reversi, Campo Minado e 3D Pinball, versões antigas do Internet Explorer e do Windows Media Player, um rápido relance do Word 97, o clássico MSN Messenger e uma das saudosas proteções de tela do SO.
           Por fim, chegamos até o recente Microsoft Edge e, claro, a Cortana, a assistente virtual presente no Windows 10, que acessa coisas mais recentes como o OneDrive e o Microsoft Word Online. Confira o vídeo a seguir e prepare-se para muita nostalgia: